Estudos de Caso: Análise de episódios de violência política em diferentes países

A violência política é um fenômeno global que impacta democracias e regimes autoritários, influenciando processos eleitorais, liberdades individuais e a estabilidade das instituições. Este texto apresenta casos recentes, da história em diversos países, ocorridos no Brasil, Estados Unidos, Venezuela e Myamar.

Em 14 de março de 2018, a vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram brutalmente assassinados no Rio de Janeiro. Marielle era uma defensora dos direitos humanos, especialmente dos direitos das mulheres negras, da população LGBTQIA+ e das comunidades periféricas. Seu assassinato gerou grande comoção nacional e internacional, levantando debates sobre a atuação de milícias e a impunidade no Brasil. O caso evidenciou a vulnerabilidade de figuras políticas que desafiam interesses estabelecidos e a necessidade de proteção para líderes sociais e ativistas.

No dia 6 de janeiro de 2021, um grupo de pessoas invadiu o Capitólio dos Estados Unidos, em Washington, durante a certificação da vitória nas eleições presidenciais. A invasão resultou em cinco mortes e dezenas de feridos, além de uma profunda crise política. O episódio revelou os riscos da retórica inflamada e da disseminação de desinformação para a democracia, além de destacar a fragilidade das instituições diante de tentativas de golpe.

Em fevereiro de 2021, os militares de Myanmar tomaram o poder, alegando fraude eleitoral nas eleições gerais de 2020, nas quais a Liga Nacional pela Democracia, liderada por Aung San Suu Kyi, obteve vitória esmagadora. O golpe levou a uma onda de protestos e repressão brutal, com milhares de mortos e presos. O caso evidencia como a violência política pode ser utilizada como ferramenta de manutenção do poder em regimes frágeis, além de reforçar a importância da resistência popular e da comunidade internacional no combate a regimes autoritários.

Desde 2014, a Venezuela tem sido palco de violentos confrontos entre forças do governo e manifestantes opositores ao regime de Nicolás Maduro. A repressão sistemática inclui prisões arbitrárias, torturas e mortes, resultando em condenações de organizações internacionais de direitos humanos. A crise política e humanitária do país demonstra como a violência política pode ser utilizada como instrumento de controle social e repressão de dissidências.

Os episódios analisados mostram que a violência política assume diferentes formas, seja por meio do assassinato de lideranças, da invasão de instituições, de golpes militares ou da repressão a opositores. A resistência democrática, a liberdade de imprensa e o fortalecimento das instituições são essenciais para evitar que a violência se torne um mecanismo corriqueiro de disputa de poder. A conscientização e o engajamento da sociedade civil são fundamentais para que esses episódios não se repitam e para que a democracia prevaleça.

R. Fernandes Moreira, 507 – Chácara Santo Antônio, São Paulo – SP, 04716-003

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